quarta-feira, dezembro 21, 2011

MEC divulga notas do Enem 2011

Candidatos podem consultar o resultado individualmente na internet.
Sistema de Seleção Unificada (SiSU) estará no ar a partir do dia 26.

O Ministério da Educação divulgou, nesta quarta-feira (21), o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011. Segundo a assessoria de imprensa do MEC, as notas já podem ser consultadas no site do Enem. Para consultar o resultado, o candidato precisa inserir seu CPF e a senha cadastrada no sistema.
Calendário do SiSU 2012
21/12/2011 Consulta individual do resultado do Enem 2011
26/12/2011 Divulgação das vagas do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) apenas para consulta
07/01/2012 Início das inscrições pelo SiSU (à 0h)
12/01/2012 Fim das inscrições pelo SiSU (até meia-noite)
15/01/2012 Primeira chamada
19 a 23/01/2012 Matrícula dos candidatos aprovados na primeira chamada
26/01/2012 Segunda chamada
30 e 31/01/2012 Matrícula da segunda chamada
26/01 a 01/02/2012 Inscrição na lista de espera dos candidatos que não foram chamados
04/02/2012 Publicação da lista de espera
02/03/2012 Fim do prazo de disponibilidade de vagas no SiSU
 A previsão inicial era de que o resultado sairia apenas na primeira semana de janeiro. Porém, o MEC decidiu antecipar a divulgação das notas para esta semana.
Os candidatos poderão usar o resultado do Enem 2011 para se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (SiSU) em 2012. De acordo com o ministério, o sistema será divulgado na próxima segunda-feira (26) apenas para consulta, e as inscrições terão início à zero hora do dia 7 de janeiro.
No total, segundo o MEC, 95 instituições de ensino superior de 26 estados brasileiros (com exceção do Distrito Federal), por meio do sistema, oferecerão 108.552 vagas em 3.327 cursos . O ministério afirmou que o número de vagas é 30% maior que na seleção realizada em 2011.
SeleçãoNa edição de 2012, o SiSU ficará no ar 24 horas por dia, entre 7 e 12 de janeiro, para receber as inscrições dos candidatos. A primeira chamada será divulgada no dia 15 de janeiro, e os candidatos aprovados terão entre 19 e 23 de janeiro para efetuar sua matrícula.
Segundo o MEC, "o candidato aprovado na primeira opção de curso será automaticamente retirado do sistema. Caso não faça a matrícula na instituição para a qual foi selecionado, perderá a vaga".
No dia 26, o SiSU divulgará a segunda chamada, com matrículas entre 30 e 31 de janeiro.
Entre 26 e de janeiro e 1º de fevereiro, quem não passou na primeira e na segunda chamada pode se inscrever na lista de espera, que será divulgada em 4 de fevereiro. A partir daí, a seleção será feita gradativamente até o dia 2 de março de 2012.

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Revisão Geral 6º ANO - Rede Isaac Newton

Boa Tarde,
Conforme combinado, posto para vocês, os textos de revisão da Rede Isaac Newton para o 6º ANO...
Favor ENVIAR AS DÚVIDAS para o comentário desta postagem, para que eu possa montar a vídeo aula a partir das dúvidas de vocês...
O vídeo será gravado na Segunda-Feira, portanto, mande as suas dúvidas!!!
Conceito de Geografia e Suas Divisões
Etimologicamente, Geografia significa "descrição da Terra" mas, desde a antiguidade, teve duas orientações diferentes: alguns geógrafos, mais preocupados com a localização exacta dos lugares e com a sua representação em mapas seguiram uma linha mais matemática; outros geógrafos, mais preocupados com as particularidades dos lugares, seguiram uma linha mais descritiva.
Mais recentemente, a Geografia, quanto ao seu campo de investigação, tem sido dividida em Geografia Regional e em Geografia Geral. Enquanto a Geografia Geral procura o que há de regular e permanente nos factos terrestres, explicando-os e relacionando-os entre si, a Geografia Regional procura explicar esses mesmos relacionamentos mas ao nível local.
A Geografia pode ainda ser dividida em Geografia Física, Humana e Económica:
. Geografia Física: estudo do clima, do relevo e sua formação, da botânica e da zoologia;
. Geografia Humana: estudo da espécie humana e sua distribuição e estudo dos habitat rurais e habitat urbanos;
. Geografia Económica: estudo dos fenómenos relacionados com a produção e troca, tais como a localização/distribuição das matérias-primas, fontes de energia e outros recursos naturais.
Objectivos da Geografia
A Geografia comporta três objectivos principais:
. A compreensão das características particulares de determinada região, realçando os relacionamentos e a integração de diversos fenómenos (geológicos, climáticos, históricos, políticos, económicos, sociológicos, etc.) num quadro de unidade local ou regional;
. A compreensão da relação entre o Homem e o seu meio, enfatizando quer a influência do meio sobre o Homem, quer o impacto deste sobre o meio (Ecologia);
. A explicação dos aspectos sisemáticos de localização e interacção espacial, ou seja, a explicação de como se estrutura o espaço físico, de como o Homem se organiza socialmente no espaço e de como muda a concepção do espaço e a sua utilização.

ERAS GEOLÓGICAS DO PLANETA TERRA
http://www.slideshare.net/professormario/g-e-o-l-o-g-i-a-e-a-a-o-h-u-m-a-n-a-2-m-a-2010 - Fonte

Era Arqueozóica

Período: 3,8 bilhões a 2,5 bilhões de anos atrás

- No começo desta era, o planeta Terra era até 3 vezes mais quente do que hoje.
- Começam a aparecer as primeiras células (organismos unicelulares).
- A Terra é constantemente atingida por meteoros.
- Milhares de vulcões estavam em atividade

Era Proterozóica

Período: de 2,5 bilhões a 540 milhões de anos atrás

- Por volta de 2 bilhões de anos atrás começa a se formar a camada de ozônio, gerando uma camada protetora contra os raios solares. Este fato favoreceu o surgimento de formas de vida mais complexas (organismos multicelulares).
- Formação dos continentes.
- Ocorre o acúmulo de oxigênio na litosfera.

Era Paleozóica

Período: de 540 milhões de anos a 250 milhões de anos atrás.

- Começam a surgir nos mares os primeiros animais vertebrados, são peixes bem primitivos.
- Por volta de 350 milhões de anos atrás, os peixes começam, durante um longo processo, a sair da água. Começou, desta forma, surgirem os primeiros animais anfíbios.
- Os trilobitas foram os animais típicos desta era.
- Nesta era os continentes estavam juntos, formando a Pangéia;
- O planeta começa a ser tomado por muitas espécies de plantas primitivas;
- No final desta fase começam a surgir diversas espécies de répteis que deram origem aos dinossauros;
- Milhares de espécies de insetos surgem nesta era.

Era Mesozóica

Período: 250 milhões de anos a 65,5 milhões de anos atrás

- Nesta era as plantas começam a desenvolver flores;
- Os dinossauros dominam o planeta;
- Por volta de 200 milhões de anos atrás surgem os animais mamíferos;

Era Cenozóica

Período: 65,5 milhões de anos atrás até o presente.

- Formação de cadeias montanhosas;
- No começo desta era, há 65 milhões de anos, ocorre a extinção dos dinossauros. 
- Grande desenvolvimento das espécies de animais mamíferos, que se tornam maiores, mais complexos e diversificados
- Após o término da deriva continental (migração dos continentes), o planeta assume o formato atual; 
- Por volta de 3,9 milhões de anos atrás surge, no continente africano, o Australopithecus (espécie de hominídeo já extinta);
- Surgimento do homo sapiens por volta de 130 mil a 200 mil anos atrás.

As camadas da Terra

 
A Terra possui a sua estrutura interna dividida  em  três camadas:

- Litosfera ou Crosta Terrestre: Camada externa e sólida que circunda a Terra. É constituída por rochas e solo de níveis variados e composta por grande quantidade de minerais.
A litosfera possui espessura de aproximadamente 72 km abaixo dos continentes,  que recebe o nome de crosta continental, e espessura de aproximadamente 8 km abaixo dos oceanos,  que recebe o nome de crosta oceânica.
As rochas que constituem a litosfera podem ser:
  • Rochas magmáticas ou rochas ígneas: São formadas pelo magma localizado abaixo das rochas que se solidificam.
  • Rochas sedimentares: Formadas pela falta de detritos provocados por ações erosivas.
  • Rochas metamórficas: Formadas por rochas magmáticas e sedimentares que sofreram alterações.
- Manto: camada localizada logo abaixo da Crosta Terrestre e estende-se até quase a metade do raio da Terra É formada por vários tipos de rochas que, devido às altas temperaturas, encontram-se no estado pastoso e recebem o nome de magma.

- Núcleo: é a camada mais interna do planeta e representa cerca de 1/3 de toda a massa da Terra. Possui temperaturas altíssimas e acredita-se que seja formado por metais como ferro e níquel entre outros elementos. 

Conhecendo as rochas 
Estes materiais podem, ser coerentes (xisto, basalto, granito, mármore, etc.) ou incoerentes (argila, arenito, siltito, etc); com formação simples, também conhecida como uniminerais (quartzitos, dunitos, mármores, etc.) ou composta, chamada também de pluriminerais (granito, Kinzigito, etc).

As rochas estão separadas em três diferentes grupos: 


Rochas Magmáticas ou ígneas
: estas são originadas através materiais em estado de fusão que se solidificam por resfriamento, entre eles os minerais feldspatos, a mica, os óxidos metálicos, os minerais silicatos ferro-magnesianos, etc.
Rochas Sedimentares: surgem nas zonas profundas da litosfera (crosta terrestre). Sua formação se dá a partir de processos físico-químicos que sofrem os agentes destrutivos. Ex. arenitos, calcário, folhelhos, etc.
Rochas Metarmórficas: Estas passam por mudanças e têm sua origem através das rochas magmáticas, das sedimentares e também das metamórficas. Tal transformação acontece pelo aumento da temperatura e ainda ocasiona a elevação da pressão e o aumento de deslocamentos, o que resulta na fragmentação da rocha original. 

O planeta Terra é coberto por uma camada formada por terra e rochas chamada de crosta terrestre ou litosfera. Esta crosta não é lisa e uniforme, mas sim irregular e composta por placas tectônicas. Estas placas não são fixas, pois estão sob o magma (rocha fundida de alta temperatura).

Estas placas tectônicas estão em constante movimento, exercendo pressão umas nas outras. Muitos terremotos são ocasionados pela energia liberada pelo choque entre estas placas. Regiões habitadas, que estão situadas nestas áreas, recebem maior impacto destes terremotos.

Muitos vulcões se formam nestas regiões de convergência entre placas. A ruptura no solo faz com que, muitas vezes, o magma terrestre escape, atingindo a superfície.


O Brasil está situada na parte interna da Placa Sul-Americana, portanto, os tremores de terra sentidos em nosso país são considerados de grau baixo. Isto ocorre, pois estamos distantes das zonas de impacto entre placas.


De acordo com os geólogos, existem 52 placas tectônicas em nosso planeta. São 14 grandes placas e 38 de tamanho menor.


Principais placas tectônicas:


- Placa Africana 

- Placa Antártida
- Placa da Arábia
- Placa Australiana
- Placa das Caraíbas
- Placa de Cocos
- Placa Euroasiática
- Placa das Filipinas

- Placa Indiana
- Placa Juan de Fuca
- Placa de Nazca
- Placa Norte-americana
- Placa do Pacífico
- Placa de Scotia
- Placa Sul-americana

 Terremoto

Também conhecido como sismo, o terremoto é um fenômeno geológico caracterizado por uma forte e rápida vibração da superfície terrestre.

Um terremoto pode ter como causa o choque entre placas tectônicas subterrâneas, a erupção de vulcão ou deslocamento de gases no interior do planeta Terra (situação mais rara). Num terremoto ocorrem aberturas de falhas na superfície terrestre e deslizamentos de terras. Quando ocorrem no mar, podem provocar tsunamis (ondas marítimas gigantes).

Um terremoto libera uma quantidade muito grande de energia, podendo provocar estragos e muita destruição quando atingem regiões habitadas.

De acordo com sua intensidade (magnitude sísmica) podem ser classificados através da Escala Richter (de 0 a 9). Quanto mais alto o grau, mais forte é o terremoto. Terremotos que atingem grau 7 ou mais, com epicentro próximo à superfície terrestre, podem provocar danos catastróficos.

O Brasil não está localizado em região favorável a ocorrências de terremotos, pois não há vulcões em atividade em nosso território e não estamos sob placas tectônicas. Mesmo assim, ocorrem terremotos de baixa intensidade (de 1 a 3 graus na Escala Richter), provocados, principalmente, pela acomodação de terra no subsolo.
A área do conhecimento que identifica e analisa os terremotos é chamada de sismologia. 
 TSUNAMI

As tsunamis são ondas gigantes com grande concentração de energia, que podem ocorrer nos oceanos. Elas são provocadas por um grande deslocamento de água que ocorre após uma movimentação de placas tectônicas abaixo dos oceanos. Estes terremotos marítimos, conhecidos como maremotos, deslocam uma grande quantidade de energia formando uma ou mais ondas (tsunamis) que podem atingir as costas dos oceanos, podendo provocar catástrofes.

Atualmente, vários países possuem equipamentos capazes de identificar a formação e propagação de tsunamis. Com dados destes tipos, os governos podem adotar planos para deslocar populações de áreas de risco, que possam ser atingidas por estas ondas gigantes. 

Nunca se falou tanto em meio ambiente e em impacto ambiental, pois está patente aos olhos de todos que o nosso planeta está passando por profundas e intensas mudanças, todas elas ocasionadas por nós, seres humanos.
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Nos últimos séculos a população humana só tem aumentado, e numa proporção ainda maior, tem aumentado de forma impressionante a nossa tecnologia, que nos disponibiliza inúmeras ferramentas, tornando-nos capazes de alterar tudo à nossa volta.No mesmo ritmo frenético em que a tecnologia avança, temos visto o desaparecimento de plantas, animais e seus habitats. As florestas tropicais, as savanas, os campos e as áreas de bosques estão sendo eliminadas; os brejos e pântanos estão sendo drenados e aterrados; os rios, córregos e riachos têm sido canalizados e bloqueados por represas. É cada vez maior o número de áreas aradas e cultivadas para produzir cereais e outros produtos. Além, é claro, de todas as imensas áreas que têm sido usadas para a pecuária intensiva.
Cada uma dessas alterações modifica as condições primordiais para a sobrevivência de plantas e animais silvestres. O aumento da taxa de extinção de espécies de aves e mamíferos apresenta uma relação positiva com a curva de crescimento populacional humano dos últimos três séculos. O número de espécies raras, ameaçadas ou em perigo de extinção é cada vez maior.
Quando paramos para ver tudo isso, chegamos a ficar desanimados com o poder destrutivo que o ser humano possui. Mas vale lembrar que nem tudo está perdido, pois existe também uma parcela de nossa sociedade que está preocupada em contribuir positivamente para evitar que todos esses danos se agravem ainda mais.
Hoje, os governos de diversos países, com apoio de inúmeras instituições não governamentais e com a colaboração de cidadãos comuns têm feito a diferença em muitos aspectos.
É cada vez maior a criação de áreas protegidas (como por exemplo, Unidades de Conservação e Corredores Ecológicos), que são uma tentativa de conservar ambientes naturais por seu valor biológico, científico, econômico e estético. Essa prática está difundida, principalmente, em países desenvolvidos, mas também está se tornando bem comum em países em desenvolvimento, onde restam muitas áreas conservadas ou pouco impactadas, como é o caso do Brasil.
As sociedades urbanas e industriais estão cada vez mais conscientes sobre a necessidade de reduzir, reciclar e reutilizar o lixo, pois assim podemos prolongar mais a disponibilidade de muitos recursos naturais não renováveis (especialmente o petróleo, o gás natural e alguns minerais) para as próximas gerações. Está cada vez mais claro para todos que o ecossistema humano (em particular o urbano-industrial) tem que alcançar um equilíbrio, onde o balanço entre o que entra e o que sai das cidades deve ser baseado em fontes renováveis. A busca crescente por fontes alternativas de energia renovável (i.e. energia eólica e solar) é um exemplo claro de nossa preocupação com o futuro do planeta.
Os debates recentes com ampla participação popular, em torno das mudanças climáticas, têm mostrado que os cidadãos estão mais conscientes sobre a necessidade do engajamento de todos na construção de cenários mais favoráveis.
Muitas pessoas vêem essa mobilização como algo funesto e que não trará resultados. Tais pessoas acham que não há mais como frearmos a destruição iminente de nosso planeta. Mas, eu quero estar sempre entre os mais otimistas, pois acredito que tais ações (por mais pequenas e singelas que pareçam!!!) são importantes para a construção de um futuro promissor.
Por mais pessimista que sejam as opiniões à minha volta, não quero desanimar nunca. Não pretendo cruzar os braços, pois acredito que juntos podemos fazer a diferença. Trabalhando unidos podemos fazer a diferença, construindo um mundo melhor !!!


O trabalho da forma como o temos hoje é fruto de intensas e profundas transformações das relações sociais, econômicas e políticas historicamente, agravadas no século passado. Por vez ou outra se houve falar em mudanças no mundo do trabalho, na flexibilização de direitos, dos mercados de trabalho e das condições de trabalho. Esse fenômeno foi denominado por David Harvey (no livro: Condição Pós Moderna, Ed. Loyola) por “acumulação flexível”, mais conhecida por reestruturação produtiva. Trata-se de resposta do capital à sua crise estrutural. Aliado a esse processo de reorganização do capital, a doutrina neoliberal ganha força no campo ideológico.
Dessa forma, percebemos que o Estado cada vez mais passou a ser mínimo para os trabalhadores e máximo para o capital. Isso ficou ainda mais perceptível com a crise econômica de 2008, enquanto o mote era recuperar a economia (leia-se: os especuladores) e cortar gastos públicos. Como já estamos cansados de saber, gasto público se trata de investimentos nas áreas sociais, enquanto os gastos na área econômica são investimentos. Não pretendemos aqui, de forma alguma, “satanizar” uma área e “beatificar” outra como num tolo maniqueísmo. Mas sim, ressaltar o caráter político da ideologia neoliberal e sua ofensiva aos direitos sociais.
Todas essas reflexões muitas vezes são voltadas apenas para a área urbana, como se o país fosse apenas as grandes cidades, estas que em sua maioria estão nas faixas litorâneas. Entretanto, informamos “a novidade que o Brasil não é só litoral” – Milton Nascimento, Notícias do Brasil (os pássaros trazem). Assim como na canção, apontamos aqui a necessidade de olharmos além da área urbana e voltarmos os nossos olhos para o Brasil do campo.
Três componentes fundamentais marcaram (e marcam) a organização social do Brasil-Colônia: a grande propriedade fundiária (latifúndios herdados das capitanias hereditárias e sesmarias), a monocultura de exportação (voltada ao atendimento de requisitos econômicos da Metrópole portuguesa) e o trabalho escravo. Atualmente temos diferentes relações de trabalho no campo. Para um melhor entendimento da questão, devemos nos reportar à condição de propriedade ou não dos meios de produção, sobretudo da terra. Entre aqueles que detêm a propriedade da terra encontramos: por um lado, os grandes proprietários, que não trabalham diretamente na terra, assumindo normalmente funções gerenciais e que visam à obtenção de lucro, mantendo os três componetes citados anteriormente, com um agravante: a destruição ambiental. Por outro lado, temos aqueles que trabalham diretamente a terra com sua própria força-de-trabalho, em uma lógica de subsistência e de preservação ambiental.
Entre os que não são proprietários de terra, as relações de trabalho se enquadram em três categorias básicas: parceiros, arrendatários e assalariados. Os parceiros são trabalhadores que pagam pelo uso da terra uma parte da produção obtida. Essa parcela varia de acordo com o produto cultivado e com determinados serviços e insumos oferecidos pelo proprietário da terra. Os arrendatários têm acesso à terra mediante o pagamento de um aluguel, normalmente em dinheiro, ao proprietário. Os lucros e riscos de produção são do arrendatário. Os assalariados caracterizam-se pela venda de sua força de trabalho em troca de uma remuneração em dinheiro e sua exclusão na participação da produção. Fica claro que todas as categorias de trabalho dos não proprietários de terra são extremamente precárias e excludentes, do ponto de vista social.
A reestruturação produtiva se dá no campo para manter a concentração fundiária e as relações de trabalho estabelecidas, ou seja, dominação dos latifundiários sobre uma imensa massa de sem-terra. A reestruturação produtiva ocorre com o mote da “modernização”, imbuído de inúmeras inovações tecnológicas que não necessariamente vem para contribuir para a produção de alimentos, mas sim, com o objetivo bem claro: aumentar os lucros. Para esse fim, por exemplo, não importa o grande acúmulo de agrotóxicos nas produções. O agronegócio tem cada vez mais força nos espaços do governo federal, onde há o Ministério do Desenvolvimento Agrário (o primo pobre) ligado aos setores mais populares e da produção da agricultura familiar, e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (o primo rico) subordinado aos setores mais conservadores do latifundiário brasileiro.
No Brasil, além da precarização do trabalho gerada pela reestruturação produtiva no campo, conserva-se ainda modelos de exploração da força de trabalho mais que arcaicos e, infelizmente, não menos atual no campo brasileiro, trata-se do trabalho escravo. Esse caráter híbrido da exploração dos trabalhadores só beneficia os setores da sociedade ligados ao latifúndio, que se apropriam privadamente da riqueza gerada coletivamente. Diante disso, percebemos que o capital por mais que se utilize de “máscaras” de “democrático”, “humano”, “social” de nada elimina seu caráter brutal de exploração daqueles que produzem a riqueza do mundo – os trabalhadores.
Assim sendo, faz-se necessário além de compreender essa realidade, buscar transformá-la. Não no sentido de reformas pontuais, mas de transformação radical, ou seja, mudar na raiz da questão, não apenas seus fenômenos aparentes. Defendemos a reforma agrária como alternativa de distribuição de terra e renda equitativamente com o respeito aos povos tradicionais; defendemos, assim, o limite da propriedade da terra; defendemos as organizações dos trabalhadores do campo; somos contra a criminalização dos movimentos sociais; somos a favor de uma reforma agrária radical e não as falsas reformas atreladas ao mercado; entendemos que a reforma agrária é importante, mas é um meio e não um fim, ela está no campo tático. Nosso horizonte dessas mudanças radicais visa à transformação da sociedade, do modo de produção vigente – capitalista, para uma sociedade justa, sem a exploração do homem pelo homem, “para cada um de acordo com suas necessidades”, uma sociedade socialista de poder popular rumo ao comunismo.

O subaproveitamento do espaço rural brasileiro é caracterizado por uma baixa produtividade em relação aos outros países que possui uma agricultura pautada na mecanização. O motivo que faz o Brasil ter uma baixa produtividade está na predominância da prática da agropecuária tradicional.

O Brasil é um país extremamente agrícola, quase a metade do território é ocupada por estabelecimentos rurais. As concentrações e as relações estão divididas em estrutura fundiária, latifúndio, minifúndio, expropriação e êxodo rural.


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Estrutura fundiária: Corresponde à maneira como as terras estão distribuídas no território.

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Latifúndio: São grandes propriedades rurais com aproximadamente 600 hectares.

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Minifúndio: São pequenas propriedade rurais com aproximadamente 3 hectares.

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Expropriação: É quando um pequeno proprietário rural se encontra endividado e é obrigado a vender sua propriedade para pagar dívidas, geralmente os grandes fazendeiros próximos adquirem essas terras.

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Êxodo rural: Corresponde ao deslocamento de trabalhadores rurais que saem do campo com destino aos centros urbanos, isso pode ocorrer por falta de trabalho no campo devido à mecanização ou mesmo para buscar uma vida melhor.

No campo existem as relações de trabalho que são diversificadas, como mão-de-obra familiar, posseiros, parceria, arrendatários, trabalhadores assalariados temporários e o trabalho escravo no campo.


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Mão-de-obra familiar: É a relação de trabalho entre os entes da família exercendo todas as etapas produtivas.

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Posseiros: São trabalhadores rurais que ocupam e/ou cultivam terras devolutas.

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Parceria: É a junção entre dois trabalhadores ou produtores rurais, no qual um possui a propriedade da terra e o outro apenas a força de trabalho, esse vai cultivar a terra e depois dividir uma parte da produção com aquele.

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Arrendatário: É quando um agricultor não possui terra, mas tem recursos financeiros, então arrenda ou aluga a propriedade por um período pré-determinado.

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Trabalhadores assalariados temporários: São trabalhadores rurais que recebem salário, mas que trabalham apenas uma parte do ano, é o que acontece nas colheitas.

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Trabalho escravo no campo: É quando o trabalhador não tem direitos trabalhistas, não recebe salário, pois tudo que é utilizado é cobrado, desde a alimentação até as ferramentas de trabalho, esse fica endividado, fato que o impede de ir embora.
Em pleno século XXI, esse fato se faz real, principalmente em estados como Pará, Mato Grosso e Goiás, esses não são únicos no país.
A reforma agrária é outro problema muito polêmico no país, contudo convém explicitar o significado de tal expressão.
A reforma agrária tem a finalidade de promover a distribuição ou reorganização mais justa da terra.

A questão agrária provoca uma grande tensão no campo.

A fixação do trabalhador rural no campo depende de vários fatores, pois não basta a simples redistribuição de terras para garantir o sucesso da reforma agrária é preciso facilidade na obtenção e pagamentos de créditos financeiros, garantia de preços, condição de transportes, orientação técnica e infra-estrutura. 

Somente a sociedade humana “habita” o planeta, no sentido de transformá-lo segundo um objetivo pré-determinado. As metamorfoses do espaço habitado acompanham a maneira como a sociedade humana se expande e se distribui, acarretando sucessivas mudanças demográficas e sociais em cada continente (mas também em cada país, em cada região e em cada lugar).

O fenômeno humano é dinâmico e uma das formas de revelação desse dinamismo está, exatamente, na transformação qualitativa do espaço habitado.
A noção de distribuição espacial da humanidade, se considerada apenas em relação às condições naturais, é insuficiente.
O hábitat, isto é, o espaço construído pelo homem, era antigamente o seu lugar de residência e de trabalho, e o espaço destinado às relações que uma vida social geograficamente confinada gerava, por meio do processo produtivo, tanto nos seus aspectos materiais como nos seus aspectos não materiais.
Considerando a totalidade da superfície terrestre, aparecem grandes espaços que estão quase vazios: são as zonas polares e as terras submetidas durante sete ou oito meses a temperaturas muito baixas, ou ainda, as regiões de grande altitude.
As extensões quentes e secas também formam parte do conjunto muito debilmente povoado. A Amazônia (América do Sul) e o Congo (África) não contam, em média, com mais do que 2 ou 3 habitantes por km² . Ao contrário, na Ásia encontram-se regiões de clima quente e úmido fortemente povoadas. E as mesmas desigualdades ocorrem nas zonas temperadas.
Para explicar esses contrastes de concentração de população é necessário fazer as distinções abaixo.
Grandes regiões industriais: cujo povoamento mais importante data do século XIX. Sua ocupação foi provocada pelos efeitos da Revolução Industrial, determinando uma concentração maciça da população nas cidades.
Grandes regiões agrícolas: nas quais também existem desigualdades de povoamento por causa das condições geográficas e históricas.
No decorrer dos séculos, tanto o crescimento econômico como o crescimento demográfico foram muito lentos em todos os países. Até o século XIX, os homens eram essencialmente agricultores.

Mas, a partir desse século, ocorreu uma transformação demográfica cujos múltiplos efeitos passaram a ter importância cada vez maior, como conseqüência das mudanças econômicas, sociais, políticas e culturais que se produziram desde o início do século XIX, a cujo conjunto se denominou Revolução Industrial. A partir de então, a agricultura se transformou; o comércio e os meios de transporte sofreram grande impulso. As cidades se multiplicaram e passaram a ser cada vez mais importantes.
A divisão entre os setores primário (agricultura e pecuária), secundário (indústria) e terciário (comércio e serviços) aprofundou-se em escala mundial, e a população economicamente ativa (aquela efetivamente engajada na economia) empregada no setor secundário passou a assumir importância cada vez maior na força de trabalho mundial.
Cerca de 2,5 bilhões de homens e mulheres vivem nas zonas rurais de todo o mundo, e 2 bilhões deles são camponeses que cultivam cerca de 1,5 bilhões de hectares, ou seja, aproximadamente 10% das terras emersas. Mas a distribuição das riquezas de que dispõem esses diferentes grupos não corresponde à distribuição da população.
Boa parte dos meios de produção está concentrada em países que contam com uma agricultura muito produtiva, concentrando também a produção industrial. Esses países possuem, ainda, potencial científico e tecnologia avançada.
A agricultura, hoje, não é mais a atividade principal dos países desenvolvidos. No entanto, continua sendo o meio de vida da maioria dos habitantes dos países subdesenvolvidos. 

A população e o espaço urbano
 
19/02/2010 - Juvenal Santana Introdução
 
Na zona rural a paisagem é mais ou menos marcada pelos elementos do meio natural: a influência do solo, do clima, da declividade do relevo, a presença de água e vegetação. A população vive dispersa em pequenos sítios. No meio urbano a população se concentra num espaço totalmente humanizado e dedica-se às atividades industriais, comerciais e de prestação de serviços.

1 - A produção da cidade moderna

As cidades industriais do século XIX


A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, originou profundas alterações na forma e na função da cidade. A indústria se multiplicava nos países europeus e nos Estados Unidos, onde vivia grande parte dos
trabalhadores urbanos. As lojas se instalavam nas ruas mais movimentadas, a fim de atrair um número cada vez maior de consumidores. As residências passaram a ser construídas de modo caótico, nos poucos espaços que sobravam entre as fábricas e rodovias, não haviam espaços para o lazer e o ar era muito poluído devido ao carvão utilizado nas indústrias. O nascimento da indústria originou cidades insalubres, isto é, pouco saudáveis, marcadas pela aglomeração dos pobres em pequenos quartos de cortiços, a população não tinha acesso à água tratada e nem rede de esgotos.

A cidade no século XX e o planejamento urbano


As pesquisas e
projetos nessa área se avolumaram e constituíram uma área de estudo, o urbanismo. As primeiras iniciativas resultaram em bairros residenciais dotados de excelente infra-estrutura arborizados e ajardinados. As cidades planejadas deveriam Ter largas avenidas e um sistema viário eficiente, permitindo o trânsito rápido. A cidade de Brasília é o exemplo mais completo e bem acabado desse tipo de planejamento, que também foi adotado na implantação de cidades dos Estados Unidos. França, Inglaterra, Israel e Japão.

2 - As interações urbanas contemporâneas

Formadas por um conjunto hierarquizado de cidades com tamanhos diferentes, onde se observa a influência exercida pelos centros maiores sobre os menores. A hierarquia urbana se estabelece a partir dos produtos e dos serviços que as cidades tem para oferecer. Nos países desenvolvidos, as redes urbanas são mais bem estruturadas.
As ricas metrópoles contemporâneas

As metrópoles correspondem a centros urbanos de grande porte: populosos, modernos e dotados de graves problemas de desigualdades sociais. A concentração populacional amplia a oferta de mão-de-obra e, desse modo, atrai investimentos produtivos que contribuem para o desenvolvimento da indústria. A metrópole lidera a rede urbana à qual está interligada e exerce uma forte influência sobre as cidades de menor porte, podendo transformar-se num pólo regional, nacional ou mundial.
Conurbações: as cidades se aproximam

Quando os limites físicos das cidades estão muitos próximos, formam-se conurbações. Vista do alto, a conurbação tem o aspecto de uma grande mancha urbana, ou seja, um conjunto de espaços urbanizados que engloba mais de uma cidade.
Nas megalópoles, o retrato da modernidade

A megalópole não é uma mega-metrópole, mas uma conurbação de metrópoles, nelas as regiões rurais estão quase ausentes.

3 - Os principais problemas urbanos atuais

Um dos mais graves problemas é a habitação. Como os imóveis mais baratos em geral são os mais distantes do centro da cidade, a população passa a morar cada vez mais longe do local de trabalho. Em conseqüência disso a população por não ter um transporte coletivo digno vai trabalhar com seus próprios automóveis causando muito trânsito, poluição do ar, poluição sonora e até mesmo dos rios.

4 - A urbanização mundial

Os países mais desenvolvidos

No século XIX, a urbanização foi mais intensa nos países que realizaram a Revolução Industrial e que constituem hoje países desenvolvidos. A partir do século XX, o ritmo de urbanização diminuiu nesses países. No pós-guerra, a concentração humana e a elevação do poder aquisitivo das populações dos países mais desenvolvidos produziram um grande aumento do consumo de bens e serviços, que favoreceu a expansão do setor terciário da economia. Com o desenvolvimento da tecnologia industrial , a produtividade aumentou e as necessidades de mão-de-obra se reduziram. Parte da população ativa no setor secundário foi para o setor. Depois de 1980 os setor terciário e a prestação de serviços aderiram aos avanços tecnológicos da informática.

Os países subdesenvolvidos

O século XX se caracterizou pela urbanização dos países subdesenvolvidos. O ritmo se acelerou a partir de 1950, devido ao aumento das taxas de crescimento populacional. A industrialização, formaram-se grandes cidades, com maior disponibilidade de emprego, conforto e ascensão social. A industrialização adotou um padrão tecnológicos muito mais moderno do que o utilizado pelas indústrias do século XIX, o que resultou na criação de menos empregos. Nessas cidades existe o setor terciário informal – aquelas atividades não regulamentadas, como a dos camelôs e biscateiros – cresce mais que o formal. A maior parte da população ainda vive na zona rural.

A urbanização na África

Na África a maior parte da população vive na zona rural, pois as atividades agrárias predominam na estrutura econômica de quase todos os países do continente. Os países da África são os que apresentam as taxas de urbanização mais elevadas entre os países menos desenvolvidos. Seus habitantes possuem uma renda anual inferior a 370 dólares. A urbanização africana ocorreu quando houve um grande aumento do consumo mundial de matérias-primas, combustíveis fósseis e produtos agrícolas.

A urbanização na Ásia

A Ásia, é o continente mais populoso do mundo, não tem uma tradição urbana. A população ainda é predominantemente rural. Vivem com uma renda como a dos africanos, inferior a 370 dólares por ano. A urbanização ocorreu com a oferta de trabalho das indústrias dos tigres asiáticos.

5 - A globalização da cidade

Com a globalização, surgem as metrópoles mundiais e tecnopolos. É nessas metrópoles que se concentram grandes capitais, profissionais qualificados e tecnologia. O papel de metrópole mundial adquiriu tamanha importância na atualidade que passou a ser a meta perseguida por muitas cidades desenvolvidas. Os tecnopolos, por sua vez correspondem a centros urbanos que abrigam importantes universidades, instituições de pesquisa e os principais complexos industriais, onde se desenvolvem tecnologias avançadas e pesquisas científicas.