quinta-feira, setembro 27, 2012

Força Invisível


Com a projeção alcançada no cenário internacional, destacadamente por ter se tornado a 6ª economia mundial e descoberto gigantescas reservas de óleo e gás no pré-sal, o Brasil se legitimou para assumir um protagonismo inédito.

Mas nenhum país se torna uma grande potência sem ter à altura uma estrutura de defesa condizente com sua pretensão. Não para promover guerras, mas para evitá-las, ao demover potenciais contendores tentados a subjugar a soberania de outras nações.

A criação do Ministério da Defesa, em 1999, foi a primeira relevante medida tomada para modernizar a estrutura nacional de defesa e evitar que continuem vulneráveis 15 mil km de fronteira seca, 8 mil km de litoral e espaço aéreo de dimensões continentais.

A segunda grande decisão política foi o encaminhamento ao Congresso Nacional da Estratégia Nacional de Defesa (END), concluída em 2008, que prevê investimentos no sistema de defesa, inclusive no que diz respeito aos recursos humanos que irão operá-lo.

Há três eixos no programa:

1) reorganização das Forças Armadas;

2) reestruturação da indústria brasileira de material de defesa;

3) implementação de uma política de composição de efetivos.

O texto do decreto que aprovou a END reconhece expressamente a inexistência de carreira civil como uma das principais vulnerabilidades do setor. Contudo, paradoxalmente, para superá-la, a END trata da criação de uma carreira de especialistas, sem incluir o aproveitamento dos civis que já fazem parte da Defesa.

Deve ser consenso que os profissionais civis das Forças Armadas também exercem um protagonismo estratégico. Afinal, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica não dependem exclusivamente dos militares treinados para operar os tanques, canhões, caças e submarinos.

Os servidores civis que pertencem à estrutura do Ministério da Defesa são imprescindíveis às três Forças. São mais de 23 mil profissionais na ativa - mais de 15 mil deles no RJ - exercendo atividades que garantem o suporte logístico e administrativo indispensável às ações, aos estudos e aos treinamentos desenvolvidos pelos militares.

São cientistas, engenheiros, professores, médicos, enfermeiros, administradores e mecânicos que deveriam fazer parte de uma carreira única de Defesa. Nos países tecnológica e militarmente mais avançados, a presença do civil em apoio ao militar é considerada fundamental aos projetos de defesa.

Por isso, é incompreensível que o Estado brasileiro não promova sequer ações de incentivo à permanência dos civis nessa função pública estratégica. O último concurso público para cargos destinados às áreas de logística e administrativa ocorreu em 1994! Os civis adquiriram conhecimentos valiosos em pesquisas científicas, atividades acadêmicas e programas de construção, manutenção e reparo de submarinos, aeronaves e tanques de guerra, que não podem ser desperdiçados.

*As informações são do jornal carioca "O Globo".
Fonte: "O invisível"

Enviando por Nathan 

PRISÃO DE LULA!!! 1980

Abril de 1980: Lula é preso.

 
 A GREVE DE 41 DIAS

Em 1980, Lula liderou a histórica greve de 41 dias. A campanha salarial dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema reivindicava sobretudo garantia de emprego, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, controle das chefias pelos trabalhadores e direito de os dirigentes sindicais ingressarem nas empresas a qualquer hora. Como os
patrões se mostraram irredutíveis às negociações, a greve teve início a lº de abril, quando 140 mil metalúrgicos cruzaram os braços.

A repressão ao movimento incluiu até helicópteros do Exército que, armados de metralhadora, sobrevoaram as assembléias da Vila Euclides. Lula conseguiu que os trabalhadores não se deixassem intimidar. Enquanto cantavam o hino nacional, todos erguiam bandeirinhas do Brasil distribuídas pelo sindicato.

A 17 de abril, o ministro do Trabalho, Murilo Macedo, decretou a segunda intervenção no sindicato presidido por Lula, cassando seus diretores da vida sindical, mas sem conseguir que se afastassem do comando do movimento. No dia 19, às 6 da manhã, Lula foi preso em sua casa pelo DOPS, numa operação coordenada pelo governo Paulo Maluf, e que envolveu a prisão de inúmeros dirigentes sindicais em todo o ABC, inclusive sindicalistas e juristas de S. Paulo.

No lº de maio, Lula teve a alegria de saber, na prisão, que 120 mil pessoas haviam se reunido numa manifestação em São Bernardo do Campo. A tristeza, poucos dias depois, foi obter permissão especial para, escoltado, comparecer à missa de corpo presente de sua mãe. Como forma de pressão para que os patrões retomassem as negociações, Lula e seus companheiros de cárcere fizeram seis dias de greve de fome.

Em 20 de maio de 1980, Lula teve sua prisão preventiva revogada. Libertado, sua primeira atitude ao chegar em casa foi soltar os passarinhos da gaiola... Julgado pela Justiça Militar em novembro de 1981, recebeu a pena de 3 anos e 6 meses de prisão. Posteriormente, o Superior Tribunal Militar anulou o processo.

A greve terminou a 11 de maio, com o saldo de um grande avanço político na organização e na consciência de classe dos metalúrgicos do ABC.

Generais Nazistas - Rommel - Um pouco de 2ª GM

O general Rommel sofreu o impacto direto dos equívocos da ação militar de Adolf Hitler.

Erwin Rommel foi um dos principias responsáveis pela condução das forças alemãs durante a Segunda Guerra Mundial. Sua projeção na carreira militar lhe concedeu também o cuidado com a guarda pessoal de Hitler, que admirava-o profundamente por sua trajetória de vida semelhante ao do próprio Füher. No entanto, Ro
mmel foi bem mais do que um servo fiel à maquina nazista que – na primeira metade do século XX – tomou conta da Alemanha.


Contrariando o senso comum das carreiras militares daquela época, Rommel não tinha uma origem ligada aos setores tradicionais da aristocracia alemã. Sua entrada no exército se deu graças ao programa reformador de Guilherme II, que abriu portas para que emergentes integrassem as forças germânicas. Combinando astuta inteligência militar e um forte senso de obediência, Rommel teve grande destaque nos conflitos da Primeira Guerra Mundial.


Talvez por ter vivido de perto a derrota militar alemã e integrar os reduzidos 4 mil postos militares impostos pelo Tratado de Versalhes, esse militar simpatizou-se com o ideário nazista. Entretanto, ao contrário do que possamos imaginar, a relação entre Rommel e Hitler se estreitou graças ao líder do partido nazista. No período do Entre - guerras (1918 – 1939), Rommel lançou um livro de grande repercussão chamado “Ataques de infantaria”, que chegou às mãos de Adolf Hitler.


Durante o governo de Hitler, Rommel inicialmente foi incumbido da missão de preparar militarmente as fileiras da “Juventude Hitlerista”. Com o início da guerra, Hitler o convocou para comandar o destacamento que escoltava o trem que conduzia Hitler para ver de perto as conquistas empreendidas na Polônia e na Tchecoslováquia. Nesse período, Hitler questionou Rommel sobre qual tarefa gostaria de assumir na guerra. Tendo seu pedido atendido, Rommel assumiu a 7ª Divisão Panzer de Blindados.


Ligado a esse destacamento das forças militares alemãs, Rommel teve a oportunidade de participar da campanha de invasão à França. A velocidade de penetração da divisão comandada por Rommel rendeu-lhe o nome de “Divisão Fantasma”, pois, às vezes, nem os oficias alemães conseguiam controlar a posição do exército comandado pelo astuto militar alemão. Depois de galgar importantes vitórias na invasão francesa, Rommel foi incumbido de apoiar as forças italianas, liderando os Afrika Korps.


Nesse período, a ousadia de Rommel não conseguiu resistir aos equívocos do avanço militar exigido por Hitler. Mesmo sendo uma figura próxima ao Füher, Rommel não conseguiu convencer o chefe alemão da urgência no envio de mais reforços para a África e, mais tarde, do recuo do Eixo frente à vantagem militar dos Aliados. Em 1943, adoentado pelo desgaste nos conflitos, Rommel saiu dos campos de batalha da Segunda Guerra.


No ano seguinte, foi incumbido por Hitler de comandar uma missão que deveria impedir a investida dos Aliados na França. Nessa época Rommel já não via com bons olhos o fato de Hitler comandar os exércitos na clausura de seu bünker. Com as derrotas freqüentes na Normandia, o comandante alemão resolveu aderir à tentativa de golpe contra Hitler liderada pelo coronel Claus von Stauffenberg.


A tramóia dos conspiradores incluía um plano de assassinato de Hitler. Rommel não apoiava esse tipo de ação, pois acreditava que a morte do líder alemão poderia prejudicar a imagem pública dos novos líderes nazistas. O atentado contra Hitler acabou não funcionando, o que gerou uma grande devassa que perseguiu um a um dos envolvidas no golpe. Em pouco tempo o nome de Rommel surgiria, já que o seu nome era o mais indicado para reorientar o Terceiro Reich.


A denúncia de Rommel causou um verdadeiro dilema para os comandantes nazistas. Como seria possível preservar a aparência coesa das forças alemãs caso soubessem que um dos líderes da alta cúpula tramou contra o füher? Para contornar o incômodo dessa situação, Hitler enviou os generais Ernst Maisel e Wihelm Burgdorf para proporem uma “saída diplomática” para sua traição.


Na primeira hipótese, Rommel seria acompanhado pelas tropas que cercavam sua casa para que o mesmo cometesse suicídio e fosse dado como morto devido seus ferimentos de guerra. Caso resistisse ao convite dos generais alemães, seria julgado de maneira sumária sendo que sua família também poderia sofrer as mais terríveis retaliações. Sem opções, Rommel se justificou aos seus familiares dizendo ser essa solução menos traumática.


O general Rommel saiu de sua casa vestindo seu uniforme de general. Pouco tempo depois, sua família recebeu uma ligação de um hospital avisando da morte do oficial. Para encerrar o plano traçado, o decadente chefe do Estado germânico mandou um cartão de condolências pela morte do marechal-de-campo que seria “para sempre ligado às heróicas batalhas no norte da África”.

quinta-feira, setembro 20, 2012

Novidades!!! Saiu Edital para o Vestibular da UnB!!!

Edital da UnB para o vestibular de 2013...

http://www.cespe.unb.br/vestibular/vestunb_13_1/



Edital 3ª ETAPA...

http://www.cespe.unb.br/pas/Ed%2013_2010_2012_PAS_3_etapa_abt.pdf

Vale a pena conferir meninos!!!

Sustente essa Ideia!!!

Fahrenheit 11 de setembro - Completo e Dublado

Documentário Completo

Vale a pena conferir!!!


Mobilidade urbana, vamos “de a pé”


Como diz o prefeito de Bogotá, cidade avançada não é aquela onde os pobres andam de carro, mas sim aquela onde os ricos andam no transporte público. Foto: Agência Brasil

Nos 28 artigos da Política Nacional de Mobilidade Urbana, sancionada em 3 de janeiro deste ano, não existem referencias às palavras “pedestre”  ou “calçadas”. Ou seja, caminhar não é uma modalidade de mobilidade reconhecida. Em 22 de setembro comemora-se o Dia Mundial sem Carro, uma iniciativa para estimular as pessoa a repensarem a (i)mobilidade urbana.  No entanto, a queixa principal dos que se recusam a abandonar o carro é a “falta de transporte público de qualidade”, esgrimida até mesmo por quem sequer sabe por qual porta se entra em um ônibus.
Deixar o carro em casa é uma necessidade para a melhoria na mobilidade. Isso significa ampliar o número de pessoas caminhando pelas calçadas das cidades, seja para dirigirem-se aos pontos do transporte público, ou para chegarem aos destinos finais sem a utilização de transporte motorizado. Uma pergunta ainda sem resposta é como seria possível melhorar a mobilidade urbana sem investimento em calçadas e equipamentos públicos que permitam o caminhar seguro de pedestres?
O ex-prefeito de Bogotá, capital da Colômbia, cunhou uma frase excelente: “Cidade avançada não é aquela onde os pobres andam de carro, mas sim aquela onde os ricos andam no transporte público”. Não é fácil, mas é possível e apenas assim as cidades podem ter mobilidade sustentável, aquela que inclui pedestres, ciclistas, passageiros de ônibus, metrô, trem e táxis, além dos carros em trajetos necessários e urgentes.  A construção de “Caminhos Urbanos” para caminhantes, espaços com padronização de piso, iluminação, segurança, sombreamento, água potável e outros confortos para os cidadãos pode ser uma forma de estimular as pessoas a deixarem os carros em casa.
As cidades precisam tornar-se mais amigáveis para caminhantes, aquelas pessoas que optam por uma mobilidade mais saudável e que contribuem para a qualidade de vida da sociedade onde estão inseridas. A mobilidade urbana deveria ser vista como um direito coletivo e o uso de automóveis no cotidiano dos trajetos casa-trabalho-casa-escola deve ser desestimulado. Em tempos de eleição para prefeito, os projetos e modelos de mobilidade urbana deveriam estar no centro da pauta das campanhas.
É possível reverter a tendência de agravamento dos congestionamentos nas cidades. Em São Paulo, por exemplo, há dados que apontam uma perda de tempo de até 3 horas por dia em trajetos casa-trabalho-casa feitos de automóvel, e até 5 horas por dia em transportes públicos de baixa qualidade. São números impossíveis de serem mantidos ou aumentados sem o colapso da estrutura econômica da cidade. Pesquisa feita Secretaria estadual de Transportes mostra que os congestionamentos já custam perto de R$ 5 bilhões ao ano para a cidade. Portanto, esse é um número que deveria ser  levado em conta na hora de planejar a mobilidade.
Caminhar pela cidade é um direito de todos, mas as prefeituras não assumem esse direito, privatizando a obrigação de cuidar das calçadas. Sem obedecer a padrões de qualidade, de segurança e de materiais, as calçadas tornam-se obstáculos à mobilidade urbana sustentável. Se uma rua tem um buraco logo a mídia do cotidiano, rádios, TVs e jornais alertam e cobram da prefeitura “providências urgentes”. Se uma calçada tem um buraco, um desnível intransponível ou uma inconformidade qualquer, a queixa é individual, do cidadão/caminhante e perde-se em um labirinto burocrático que pode simplesmente fazer desaparecer a demanda.
Existem dados preocupantes em relação aos desequilíbrios entre o uso do espaço urbano e dos recursos públicos entre a mobilidade em automóveis e a mobilidade não motorizada, ou seja, pedestres e ciclistas. Sendo que os ciclistas já estão conseguindo algumas ciclovias e ciclofaixas em diversas cidades, enquanto os pedestres não são organizados e não tem poder de pressão, apesar de representarem mais de 30% de todas as viagens em cidades como São Paulo, sem contar os caminhantes que se destinam ao transporte público. Os carros representam pouco mais de 30% das viagens em São Paulo e consomem quase 80% dos recursos gastos em mobilidade na cidade.
Em agosto passado, a presidenta Dilma Roussef anunciou investimentos de 32,7 bilhões de reais em projetos de mobilidade urbana nas grandes cidades brasileiras, principalmente obras relacionadas à Copa do Mundo. É uma excelente oportunidade para estabelecer metas em relação ao transporte não motorizado e fazer com que as prefeituras assumam sua responsabilidade em relação às calçadas, que são deixadas aos proprietários dos imóveis, apesar de não fazerem parte do terreno e serem sempre abandonadas ao nada ou ao calçamento de menor preço e baixa qualidade.
(Envolverde)

FIM DA URSS!!!

Fim da URSS e Crise Russa


Após a II Guerra Mundial, a URSS converteu-se, lado a lado aos EUA, numa das maiores potências mundiais. Tem início um período de tensão mundial que ficou conhecido como Guerra Fria, que contrapôs por quase 45 anos os dois maiores arsenais do mundo, o norte-americano e o soviético. Ao mesmo tempo em que essas forças antagônicas se confrontavam internacionalmente, dentro da URSS, o final dos anos 50 e início dos anos 60 presenciaram alguns dos momentos mais prósperos do país. Ocorreram sérias melhoras na oferta de produtos para o consumo da população (nada comparável aos níveis de consumo do mundo capitalista ocidental, mas para os níveis soviéticos, um grande progresso), aumento da oferta de moradias e, grande glória soviética, a saída na frente na corrida espacial: o lançamento da primeira nave espacial não tripulada (o Sputinik), o lançamento do primeiro ser vivo no espaço (a cachorrinha Laika) e, pouco depois, o lançamento do primeiro cosmonauta, Yuri Gagarin, que voltou são e salvo.
Na política mundial, a URSS mostrava seu poderio militar e a capacidade de influência ideológica, opondo-se aos EUA onde quer que a Guerra Fria assim demandasse. Dessa forma, assiste-se à Guerra da Coréia, à Crise dos Mísseis em Cuba, à construção do muro de Berlim e ao recrudescimento do conflito do Vietnã. A indústria bélica soviética, impulsionada pela corrida com os EUA, crescia a passos largos, desenvolvendo armas, bombas atômicas e de hidrogênio cada vez mais poderosas e sofisticadas.
Fim da URSS e Crise Russa

A URSS entre 1945 e 1991

Esse desenvolvimento militar não foi, entretanto, acompanhado pela indústria de consumo civil, que na década de 70 se viu ultrapassada em qualidade e oferta pelos produtos do mundo capitalista ocidental. Em outra frente, a agrícola, as coisas iam de mal a pior: por ineficiência técnica e problemas climáticos (invernos rigorosos), as colheitas soviéticas declinavam vertiginosamente. Em meados dos anos 70, a URSS foi obrigada a importar trigo do ocidente, com produtos vindos da Europa, EUA e até Argentina. O governo soviético de Leonid Brezhnev, ciente da necessidade de direcionar para o setor civil parte do desenvolvimento obtido na indústria bélica, tentava esvaziar a corrida armamentista, assinando com os EUA vários acordos para redução da fabricação de mísseis, como os acordos SALT.
Entretanto, a envelhecida liderança soviética não era capaz, por comodismo ou ineficiência, de promover as mudanças radicais de que a URSS precisava. Assim se passam os anos 70. As coisas se aceleram na década de 80. Do outro lado do Atlântico, chega ao poder dos EUA Ronald Reagan, que, como presidente do conservador Partido Republicano, vê na URSS um mortal inimigo a ser combatido em todas as frentes. O governo norte-americano passa a armar as guerrilhas afegãs, afundando a URSS numa guerra de desgaste violento. Por sugestão do presidente, a indústria de guerra americana começa a desenvolver um sistema de defesa espacial antimísseis, que ficou conhecido como “Guerra nas Estrelas”. Isso era muito para a indústria bélica soviética e as velhas lideranças do PC. Em 1982, morre Leonid Brezhnev, substituído por Yuri Andropov. Dois anos depois Andropov também morre e é substituído por Constantin Tchernenko, que em menos de um ano também falece. Estava aberto o caminho para a nova liderança. Sobe ao poder em 1985, como secretário-geral do Partido Comunista da URSS, Mikhail Gorbachev. Pela primeira vez a URSS tem um líder que não havia participado da Revolução Russa ou da II Guerra Mundial, alguém que havia feito carreira dentro das universidades soviéticas, que havia participado do governo, como Ministro da Agricultura, e conhecia de perto os problemas que a URSS vinha enfrentando.
Fim da URSS e Crise Russa
Sua primeira proposta, ao assumir o governo, foi promover uma tentativa de reestruturação do socialismo soviético, injetando maior dinamismo à economia. Essa proposta, conhecida como perestroika, pregava maior liberdade no funcionamento das empresas, maior liberdade para as iniciativas privadas e a possibilidade, se bem que limitada, de investimentos externos. Como tal proposta não surtisse alterações, apesar de aplaudida pelos líderes do partido, Gorbachev tenta uma segunda proposta: a glasnost. A palavra russa, que significa “transparência”, queria dizer que eram necessárias críticas ao sistema para que este se reestruturasse. A glasnost propunha, então, maior liberdade de expressão, maior possibilidade para que as pessoas manifestassem suas insatisfações, o que favoreceria a busca de soluções para os problemas.
Se, por um lado, a glasnost permitiu realmente maiores críticas ao sistema, por outro lado, diversas pendências que se arrastavam pelos anos de fechamento político começaram a vir à tona: a insatisfação de membros do Partido Comunista diante da falta de oportunidades políticas dentro do PC, entre eles Boris Yeltsin, ex-prefeito de Moscou, que sai do partido para fundar outra agremiação política (mais tarde seria eleito presidente da República da Rússia, ainda dentro da URSS); o desejo de independência por parte de nacionalidades descontentes dentro da União etc.
As reformas que eram encaminhadas por Gorbachev, e eventualmente aprovadas pelo Congresso, não surtiam efeito. Aumentava a insatisfação popular. Na véspera da votação de um nova lei sobre a estrutura da federação, membros conservadores do Partido Comunista promovem um golpe contra Mikhail Gorbachev. Ele foi preso em uma casa de campo na Criméia, enquanto os golpistas promulgavam na televisão um retorno aos antigos princípios da URSS. Os golpistas conclamam o povo e as Forças Armadas a apoiá-los. Entretanto não há reação, nem do povo, nem do Exército. Isso dá oportunidade a que os grupos que haviam conseguido destaque durante os tempos de glasnost promovessem um contragolpe. Liderados por Boris Yeltsin e com o apoio dos presidentes de outras repúblicas, os contragolpistas libertaram Gorbachev e prenderam os líderes reacionários do PC. Gorbachev tentou retomar a liderança da URSS, mas era tarde demais. O golpe conservador havia esfacelado a força moral do Partido Comunista. É proibida a atuação do Partido Comunista, e os presidentes da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia decidem pelo fim da URSS. Na verdade, o esfacelamento do país já havia começado um pouco antes, durante o golpe conservador do PC, quando as repúblicas bálticas da Estônia, Letônia e Lituânia declararam independência. Em 25 de dezembro de 1991 tem fim a URSS, fazendo surgir 15 novos países. Além dos bálticos, ganharam a independência Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, Moldávia, Geórgia, Armênia, Azerbaijão, Casaquistão, Turcomenistão, Tajiquistão, Uzbequistão e Quirguistão. Assim a URSS, cuja criação e história no século XX resultou na morte de milhões de pessoas, é extinta praticamente sem grandes violências.
Fim da URSS e Crise Russa

Crise atual da Rússia

Quando do final da URSS, em 1991, os presidentes da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia tentaram criar uma nova organização que, respeitando a independência política de cada uma, mantivesse o funcionamento da economia dos países. Assim surgiu a CEI, Comunidade dos Estados Independentes, que enveredava pelo sistema econômico capitalista. Essa organização recebeu a adesão relativamente rápida das outras repúblicas, compondo 12 países no final de 1993. É claro que o sucesso da CEI dependia muito do crescimento econômico da Rússia, entretanto não foi isso que se observou.
No campo político, ocorreu a agitação dos movimentos nacionalistas, com conflitos generalizados na Geórgia, guerra civil no Tajiquistão e o conflito entre Armênia e Azerbaijão por territórios com minorias étnicas de ambos os grupos. Esses problemas ainda persistem hoje, mas foram suplantados por um problema mais sério: a crise econômica.
Mas como passar de um sistema econômico em que o Estado é responsável por toda a economia para um sistema em que a iniciativa é livre e depende do cidadão? Não é um processo fácil e, nos países recém-emancipados, a situação tornou-se caótica. A instabilidade política imperou nos primeiros momentos, especialmente com o golpe levado a cabo por Boris Yeltsin contra o Parlamento da Rússia, controlado por antigos membros do PC soviético, e com o domínio das políticas locais pelos antigos caciques dos PCs das repúblicas. A corrupção, já endêmica na antiga URSS, alastrou-se por vários setores da sociedade. Aumenta a violência, com o surgimento de grupos mafiosos e o aumento do tráfico de drogas. Surgem grupos de novos-ricos, os chamados oligarcas, pessoas que pertenciam ao PC e conheciam quais ramos da economia possuíam maiores possibilidades de sucesso econômico e, da noite para o dia, arrebataram esses setores e tornaram-se milionários.
Os problemas econômicos se avolumam. A desativação do sistema de produção socialista implicou o fim dos subsídios estatais e o fechamento de dezenas de empresas e fábricas. Algumas chegaram a ser dadas aos antigos funcionários. Os salários foram, num primeiro momento, desvalorizados pela inflação resultante da adequação da moeda russa (o rublo) às moedas internacionais. Muitos funcionários públicos ficam sem seus meios de sustentação. Volta o desemprego, gerando massas de miseráveis. No campo, ocorre a desativação dos antigos sistemas socialistas, os kolkhozes (cooperativas agrícolas) e os sovkhozes (fazendas estatais), fazendo cair a produção agrícola de cereais.
Por sinal, uma característica desse primeiro momento das repúblicas emancipadas foi a perda de cerca de 40% de seus PIBs (Produto Interno Bruto). Sem dúvida alguma, as repúblicas da CEI, notadamente a Rússia, possuem um enorme potencial em riquezas minerais para impulsionar seu crescimento, mas sua utilização sofre outra ameaça: a degradação ambiental. É sabido que a Sibéria possui vastas porções de seu território poluídas pelos métodos arcaicos de exploração e, entre o Casaquistão e o Uzbequistão, os projetos de irrigação de plantações de algodão praticamente secaram o Mar de Aral.
É dentro deste contexto que se observam problemas como o separatismo checheno, que leva terror à capital da Rússia, Moscou, e desencadeia forte repressão a esse povo, habitante da região do Cáucaso. Atacados pelo exército russo em 1996, os separatistas não se intimidam e respondem com ataques terroristas. Uma nova reação do governo russo, já então presidido por Vladimir Putin, desencadeia mais um ataque entre o final de 1999 e princípio de 2000.
Recentemente, instaurou-se uma crise política na Rússia que ganhou repercussão internacional, em decorrência de um acidente que provocou o naufrágio do submarino Kursk no Mar de Barents, resultando na morte de 118 marinheiros.




Fim da URSS e Crise Russa

Fonte: http://www.curso-objetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/urss_crise_russa.aspx

Mensagem do Dia!!!

terça-feira, setembro 18, 2012

Lista de Exercícios de Recuperação

Obs: Bom dia queridos alunos...

Gostaria de explicar aos senhores como funciona o sistema de downloads no 4shared...

Primeiro Passo:

Fazer login no site... Vocês podem utilizar as contas do twitter, facebook... ou cadastrar email diretamente no site...

Após o login, nesta mesma pagina abrirá um botão DOWNLOAD NOW



Lista de Exercícios do Ensino Médio

1º ANO
http://www.4shared.com/office/rndezr25/LISTAEXERCRECGEO1-ISN-2TRIM-12.html

3º ANO
http://www.4shared.com/office/2qG0yzU5/LISTAEXERCRECGEO3-ISN-2TRIM-12.html

Lista de Exercícios do Ensino Fundamental

6º ANO
http://www.4shared.com/office/4JCyGwRl/LISTAEXERCRECGEO6-ISN-2TRIM-12.html

7º ANO
http://www.4shared.com/office/VxgytAxi/106250858-exercicios-de-recupe.html

7ª SÉRIE
http://www.4shared.com/office/bXvriULf/106255086-exercicios-de-recupe.html

8ª SÉRIE
http://www.4shared.com/office/NDVLKWQS/106256956-exercicios-de-recupe.html

domingo, setembro 16, 2012

Conceito Antropológico de Cultura


por Flávio Bueno
1º escopo questionado
Cultura é uma palavra que tem sua origem gramatical no latim, que retrata o ideal de cultivar, ou seja, refinação de algo ou parâmetro a ser trabalhado. Por muito tempo, esta definição estendeu a imagem de quem não fosse detentor de uma boa educação, ou de uma boa cultura eram indivíduos abrasivos, ignorantes. Neste sentido, surgia definição mais correta segundo os pesquisadores acerca da cultura, de que está era como um processo de cultivo da alma, cultivo das próprias aptidões do ser humano. Tal assertiva corrolabora com a questão de que a antropologia descreve as diferentes formas pela qual a sociedade compreende o meio onde está inserida, bem como, a sua disposição perante esta percepção periódica. O estudo, neste sentido, reflete a cultura de um grupo para com a sua dimensão instrumental, determinada como cultura material, isto é, aquilo que é produzido pelo homem versus as questões inseridas a dimensão cosmológica-cognitiva-organizacional. É importante salientar que estes pontos referem-se às fundamentações ideológicas, que junto com múltiplos fatores cooperam para a definição propriamente dita do que é cultura. Está implantado neste processo o saber, a língua, a religião, entre outros fatores, ou seja, a visão antropológica cultural analisa a ciência relacionada ao homem desde o seu surgimento até a sua evolução natural, o que determina o ideal de que tal ciência retrata o comportamento do homem em seu convívio social.
2º Escopo questionado
No que se refere à questão organizacional da antropologia, o primeiro ponto de destaque é a concepção das formas em que os grupos sociais se estabelecem no processo de circulação entre si, principalmente, no estabelecimento de modos de produção econômica, técnicas, organizações, sistemas, crenças, etc.; enfocando a sua cultura material. Neste sentido, os estudos relativos à estrutura de valores e de crenças dentro das organizações passaram a ter valor significativo fundamentados pela cultural organizacional japonesa que trouxe para os Estados Unidos uma forma instigante de comando e organização que propiciava desenvolvimento de suas empresas. A questão interessante neste processo é que o surgimento da competitividade trouxe a tona à importância de uma nova fundamentação organizacional para as companhias, pois ele tem como meta o estudo da previsão, explicação, compreensão e modificação do comportamento humano, principalmente no contexto empresarial. Tais características ainda se afirmam com a idéia de enfoque dos comportamentos observáveis, individuais e sociais de um grupo ou de uma organização que resultam na aproximação entre administradores e funcionários. Vale ressaltar que a cultural organizacional antropológica ainda se vale de três questões fundamentais para a sua caracterização: a postura empiricista que analisa a sociedade de acordo com a sua realidade, a postura do antropólogo que traz os estudos sociais como observador e participante, e por ultimo, o terapeuta que analisa as características sociais do grupo vigente e delas interpretam e analisam as variáveis presentes no grupo.